Negociata no <i>BPN</i>
«Os trabalhadores não podem ser mais vítimas de tanta negociata», considerou o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira, num comunicado de dia 1, onde responsabiliza o actual e o anterior Governos por terem «mandado às urtigas» a «promessa sempre repetida de preservar os postos de trabalho».
«Dois mil e quatrocentos milhões de euros e alguns anos depois, o novo Governo, pressionado pela troika, dá o BPN por 40 milhões (1,66 por cento do montante investido) e propõe-se ainda gastar muitos mais milhões em indemnizações por despedimento, a cerca de metade dos trabalhadores, considerou o Sintaf/CGTP-IN.
Por ser «vendido por um valor tão baixo que não cobre, sequer, o custo dos edifícios, equipamentos e redes informáticas», o sindicato considerou inaceitável que o comprador não tenha sido obrigado a salvaguardar os postos de trabalho, e repudiou «vivamente esta negociata que só beneficia as mesmas sanguessugas de sempre».
«Os trabalhadores foram utilizados como “carne para canhão”, quando foi preciso “segurar” o banco», sendo agora «vítimas directas deste processo», considerou o sindicato, comprometendo-se a lutar pela salvaguarda de todos os empregos.